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Riscos Ocupacionais

Autoria: Rita de Cassia M. B. Dalri

Aliasec São causas frequentes de acidentes e adoecimentos, diminuição da produtividade dos trabalhadores e aumento de absenteísmo, presenteísmo e turnover. Saber diferenciá-los e propor medidas de prevenção são fatores cruciais para uma boa gestão.
É importante caracterizar os tipos de riscos ocupacionais existentes e analisá-los dentro do perfil de cada empresa.
Você conhece a classificação dos riscos ocupacionais? Então, acompanhe nosso post e fique por dentro desse tema!

RISCOS FÍSICOS
Os riscos físicos incluem fatores relacionados à umidade, vibrações, ruídos, temperaturas excessivas, radiações ionizantes e não ionizantes e pressões anormais. Para cada uma dessas ameaças, existe um limite máximo e medidas de segurança que devem ser adotadas.

Para os trabalhadores que são expostos continuamente a ruídos é preciso avaliar a intensidade sonora — medida em decibéis — e o tempo de exposição. Esse conjunto de medidas determinará a utilização dos equipamentos de proteção para minimizar problemas futuros na saúde auditiva.
Para radiações não ionizantes — micro-ondas, ultravioleta, laser ou vibrações —é obrigatório à utilização de equipamentos de proteção individual para qualquer nível de exposição.

RISCOS QUÍMICOS
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, gases, neblinas, nevoas e vapores, ou que, seja pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Os danos físicos relacionados à exposição química incluem desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer.

Alguns produtos químicos precisam ser manuseados durante poucos minutos enquanto outros necessitam de cuidados especiais, tais como neutralização dos agentes e medidas protetivas em caso de misturas inflamáveis ou tóxicas.
Para o trabalhador exposto a esse tipo de produto, são recomendados também equipamentos de contenção de gases inalados, tais como máscaras faciais, utilização de capelas de fluxo laminar, dentre outras recomendações.

RISCOS BIOLÓGICOS
Nesse grupo enquadram-se os microrganismos como vírus, bactérias, fungos e outros extratos biológicos. Dependendo da patogenicidade dos microrganismos e das atividades executadas, são recomendadas medidas de segurança individual e coletiva.
Os equipamentos de proteção individual servem para evitar contaminação do manipulador ou proliferação de agentes nocivos para o ambiente. As atividades que são passíveis de insalubridade em grau máximo são aquelas que envolvem pacientes em isolamento, contato com objetos não esterilizados ou exposição a rejeitos orgânicos sem proteção individual adequada.

São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral.

RISCOS ERGONÔMICOS
São classificados como todos aqueles riscos que envolvem esforço físico, levantamento de peso, situações de estresse, trabalho em turnos, jornadas prolongadas, exigência de postura inadequada, monotonia e repetitividade, entre outros. Podem ser mensurados por meio de um laudo ergonômico, documento em que são propostas medidas de conforto e bem-estar para os trabalhadores que executam suas atividades laborais.
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e é definida pela Organização Internacional do Trabalho - OIT como "A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho".

Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, entre outros.
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas e postura adequada.

RISCOS DE ACIDENTES
Riscos de acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.
Em todos esses casos é importante tomar medidas corretivas e preventivas, além de realizar treinamento contínuo com os trabalhadores.

RISCOS PISCOSSOCIAIS
Os riscos psicossociais e o estresse relacionado com o trabalho são as questões que maiores desafios apresentam em matéria de segurança e saúde no trabalho. Têm um impacto significativo na saúde de pessoas, organizações e economias nacionais. Se forem abordados enquanto problema organizacional e não falha individual, os riscos psicossociais e o estresse podem ser controlados da mesma maneira que qualquer outro risco de saúde e segurança no local de trabalho.
Os riscos psicossociais decorrem de deficiências na concepção, organização e gestão do trabalho, bem como de um contexto social de trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social tais como estresse relacionado com o trabalho, esgotamento ou depressão. Eis alguns exemplos de condições de trabalho conducentes a riscos psicossociais:


Os trabalhadores sentem estresse quando as exigências do seu trabalho são excessivas, superando a sua capacidade de lhes fazer face. Além de problemas de saúde mental, os trabalhadores afetados por estresse prolongado podem acabar por desenvolver graves problemas de saúde física, como doenças cardiovasculares ou lesões musculoesqueléticas.
Para a organização, os efeitos negativos incluem um fraco desempenho geral da empresa, aumento do absentísmo, presenteísmo (trabalhadores presentes no trabalho, mas com baixa produção), turnover e do número de acidentes e lesões.
Um ambiente psicossocial positivo promove o bom desempenho e o desenvolvimento pessoal, bem como o bem-estar mental e físico dos trabalhadores.

REFERÊNCIAS
BRASIL.Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978 Aprova as normas regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. NR-9 .Programa de prevenção de riscos ambientais.

Riscos físicos
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html

Riscos biológicos
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_biologicos.html

Riscos ergonômicos
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_ergonomicos.html

Riscos de acidentes
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_de_acidentes.html

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